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quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Brancos para guardar
Eles são raros, mas, sim, há vinhos brancos secos que se prestam para longa guarda. Entenda como e por que alguns conseguem passar pela prova do tempo.
O senso comum recomenda o consumo rápido dos vinhos brancos. E, de fato, na maioria dos casos, o tempo em garrafa não faz nem um pouco bem a esse tipo de bebida. Só que, como quase tudo na vida, há exceções que confirmam a regra. E no caso dos vinhos brancos, segundo a crítica de vinhos inglesa Jancis Robinson, cerca de 5% dos rótulos ficam ainda melhores cerca de cinco anos após a colheita. Quando o assunto é guarda longa, a coisa fica ainda mais restrita. "Acredito que não chegue a 1% o total de brancos que possuam características para envelhecer bem por mais de uma década".
Grandes vinhos brancos de sobremesa têm, de fato, uma capacidade de guarda maior. Não apenas o Yquem ou alguns vizinhos de Sauternes, mas grandes Tokaji, Massandra, Eiswein e Trockenbeerenauslese costumam envelhecer bem. A razão é a combinação entre a acidez e o açúcar residual presentes nesses vinhos, o que proporciona uma espécie de escudo contra os efeitos do tempo.
No entanto, não apenas os brancos doces são capazes de encarar um longo tempo na adega. Vinhos secos, como alguns grandes borgonheses, Riesling do primeiro time, Chenin, Sémillon, alguns Hermitage e uns poucos espanhóis e italianos, entre poucos outros, também entram com louvor nessa lista. Nesses casos, em que a quantidade de açúcar residual nos vinhos é baixa, a chave para a longevidade é a acidez.
 Acidez e outros fatores
"O grande ponto é a quantidade de acidez. Ela agrega frescor e mantém o vinho vivo durante a passagem do tempo. A acidez é parte determinante da estrutura do vinho e é um fator decisivo na hora de determinar se um branco tem ou não capacidade de envelhecimento", diz Benjamin Joliveau, da Domaine Huet, uma vinícola do Vale do Loire que faz brancos secos e doces com longo potencial de guarda.
Afirmo que: A chave para a longevidade dos vinhos brancos secos é a acidez. "Ela agrega frescor e mantém o vinho vivo durante a passagem do tempo"
Há outros fatores que, combinados com a acidez, influenciam na longevidade de um branco seco. "A concentração do vinho é outro fator determinante, assim como o corpo. Também depende do tipo de uva. Castas como Riesling e Chenin têm, de maneira geral, mais capacidade de produzir vinhos longevos do que a Chardonnay e a Sauvignon Blanc". "Não podemos nos esquecer da viticultura. Solos, clones, rendimentos... Tudo isso influencia na concentração do vinho e influi diretamente na capacidade de guarda". O trabalho na adega é outro ponto importante a ser considerado. "A vinificação também tem um peso importante. Fazer a fermentação malolática faz com que a acidez do vinho baixe. Nunca usamos essa prática justamente por buscar um maior frescor. Manter essa acidez é importante para que o vinho possa envelhecer bem. Por fim, o tempo em barricas também influencia na oxigenação e oxidação de um vinho, influindo em sua capacidade de guarda".
"Se a uva viver bem..."
Um dos expoentes da viticultura biodinâmica e produtor cuja capacidade de guarda dos brancos que faz é incontestável, o francês Nicolas Joly traz outros pontos interessantes ao debate. "O potencial de guarda de um vinho é baseado no tipo de vida que a uva levou e do que foi feito na adega". "Práticas modernas encurtam enormemente o tempo de vida das uvas. A razão é simples: o uso do inseticida reduz a ação das raízes que buscam alimentação em micro- organismos no solo. Os inseticidas matam esses micro-organismos. Daí, a raiz volta à superfície para buscar a alimentação em fertilizantes químicos. Esse sistema polui a seiva e afeta diretamente a fotossíntese", explica Joly. "Portanto, essas práticas já reduzem o potencial de vida da uva e ainda prejudicam o gosto. Na adega, o excesso de tecnologia que é usado na produção do vinho, como a utilização de enzimas, gorduras, leveduras industriais e outras coisas que não são naturais da vinha, reduzem ainda mais a capacidade de vida do vinho". Segundo o produtor francês, "a biodinâmica é apenas um catalisador das forças que a planta precisa para ser saudável. E, por conta disso, quase não precisamos fazer nada na adega. É claro que precisamos olhar o pH dos vinhos, mas o básico é o que já foi comentado", aponta Joly. O vitivinicultor conclui fazendo uma comparação. "Nos vinhos verdadeiramente biodinâmicos (há muitos que são mais marketing do que de fato biodinâmicos), muitas vezes necessitamos da agressão da oxidação para que o vinho mostre todo o potencial que tem. Esses vinhos costumam ficar ainda melhores dois dias depois que a garrafa é aberta. Em contraponto, vinhos produzidos por meio da agricultura moderna precisam justamente de forte proteção contra a oxidação, pois sozinhos não têm forças para lutar contra ela".
Sem barrica?
O produtor friulano Josko Gravner tem ponto de vista semelhante ao de Nicolas Joly. Radical até a última gota, ele aboliu o uso de barricas novas nos vinhos que faz. Hoje em dia, executa um trabalho cuidadoso na vinha, coloca tudo em uma grande ânfora de terracota, sem adição de leveduras selecionadas, tampouco faz controle de temperatura. Veda, e deixa lá por sete meses. Depois, afina em grandes cascos neutros de madeira e o vinho é engarrafado sem clarificação e nem filtração, na lua crescente. Sete anos depois para os vinhos comuns e dez para os reservas, Gravner entrega ao mercado rótulos únicos, raros e com enorme potencial de guarda.

TODOS OS GRANDES ENVELHECEM BEM?
Em meados da década de 1990, uma onda de garrafas de vinhos de reconhecida qualidade produzidos na Borgonha, notadamente das safras 1996, 1997 e 1998, apresentaram uma precoce e surpreendente oxidação - problema que ainda persiste, embora em menor escala, nos dias de hoje. Mesmo vinhos de produtores renomados como Ramonet, Lafon, Bonneau du Martray, Roulot, Jean-Noel Gagnard, entre outros, apresentavam o quadro. Alguns vinhos tinham uma cor marrom, parecida com a de um oloroso. Aficionados pela região arrancavam cabelos e sacavam rolhas, desesperadamente, para conferir se as garrafas que repousavam nas adegas estavam ou não contaminadas pelo problema. Na ocasião, o Master of Wine Clive Coates publicou na revista inglesa Decanter o resultado de um estudo conduzido por ele a fim de investigar as causas do problema. Entre os "culpados pelo crime", Coates apontou o uso de prensas pneumáticas, bâtonnage excessiva, uma drástica diminuição no nível de sulfuroso usado para conservar o vinho e, principalmente, a má qualidade das rolhas usadas na vedação das garrafas. Um estudo conduzido por produtores borgonheses não chegou a nenhuma opinião conclusiva. Mas alguns dos fatores elencados por Coates tiveram ressonância. Jacques Seysses, da Domaine Dujac, compartilha a opinião de que as rolhas eram as grandes vilãs da história. Patrick Javillier, produtor em Meursault, entende que o uso de modernas prensas pneumáticas, que permitiam uma diminuição da exposição ao oxigênio do mosto, seja um dos fatores principais para a oxidação precoce. Já o Master of Wine Jasper Morris, especialista em comercializar vinhos da Borgonha, crê que a culpa seja da redução do uso do sulfuroso. Outro especialista em Borgonha, Stephen Brooks reconhece que os produtores têm feito de tudo para identificar e minimizar o fato. Mas adverte que ainda é impossível assegurar que o problema já faz parte definitivamente do passado.
"Quando o vinho nasceu, ele era branco. Os tintos ainda sequer pensavam em existir", provoca Gravner. "As uvas brancas, ao contrário das tintas, podem se beneficiar de um longo contato com a casca, que é onde moram os nutrientes capazes de dar longevidade ao vinho", resume. "E tanto a natureza sabe das coisas, que a podridão nobre ataca apenas as uvas brancas", conclui o italiano de sangue esloveno que, desdenhando das tendências, resguarda-se das voltas que o mundo dá se apegando às mais antigas tradições. Ele encontra nas experiências do passado o caminho do futuro, fazendo os vinhos como faziam os romanos.
Apego à tradição e ojeriza às tendências de mercado são pontos em comum entre Gravner e o espanhol Julio Cesar Lópes de Heredia, bisneto de Don Rafael Lópes de Heredia, o fundador da Viña Tondonia, vinícola de Rioja, mundialmente famosa pelos brancos espetaculares que produz - e que foi pano de fundo do filme "Onde Está a Felicidade?", de Bruna Lombardi. Seus vinhos têm a particularidade de chegar ao mercado muitas vezes mais de uma década depois que as uvas para a produção daquele rótulo foram colhidas.
"Acredito no mínimo possível de interferência, tanto na vinha quanto na vinícola. Os vinhos se fazem por si só", diz Julio Heredia. Embora o estilo da Tondonia - de brancos ricos em estrutura e com um toque de oxidação - seja cada vez mais raro em um mundo ávido por vinhos fáceis, o produtor não dá a mínima para as tendências e modas do mercado. "Nossos vinhos são, sim, diferentes, mas traduzem com exatidão o que é a Rioja. Há muitos produtores que dançam de acordo com a música, ficam indo de lá para cá e, a cada cinco anos, quando muda o gosto do consumidor, muda o vinho deles, não há identidade".
Embora não possam ser tachados de vinhos comerciais, o fato é que o vinho feito na vinícola de Heredia vende, e bem. Prova inconteste de que não apenas há vinhos brancos que podem envelhecer bem, mas também há um time de consumidores cujas portas das adegas estão escancaradas para essas verdadeiras preciosidades.
EnoAbraços – Beba com moderação



 

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Selo Fiscal – Caiu a obrigatoriedade para os associados da ABBA com decisão do STJ, veja a notícia na íntegra!!!
Vinhos podem ser comercializados sem o selo de controle da Receita Federal

Vinhos nacionais e importados podem ser comercializados dentro do território brasileiro, por empresas filiadas à Associação Brasileira dos Importadores e Exportadores de Bebidas (Abba), sem o selo de controle da Receita Federal. O presidente do Superior Tribunal de Justiça, ministro Ari Pargendler, negou pedido de suspensão de segurança impetrado pela Fazenda Nacional, contra decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1).
Pargendler manteve suspensa a exigência do selo por considerar que não há grave perigo de lesão ao interesse público nem provas de grave lesão à ordem e à economia públicas pela não utilização de selos de controles em vinhos.
O selo passou a ser obrigatório para os vinhos por força da IN-RFB nº 1.026/2010, com as alterações da IN-RBF nº 1.065/2010. A Associação Brasileira dos Exportadores e Importadores de Alimentos e Bebidas (Abba) impetrou mandado de segurança preventivo coletivo contra a exigência.
O juízo federal de primeiro grau concedeu liminar para suspender a obrigatoriedade do selo. Essa decisão foi suspensa pelo presidente do TRF. Posteriormente veio a sentença no mandado de segurança, confirmando a primeira liminar que declarou o selo ilegal, o que motivou novo recurso da União. Por fim, a Corte Especial do TRF1 manteve a sentença que concedeu segurança à Abba.
No pedido de suspensão de segurança dirigido ao STJ, a União alegou que a decisão provoca grave lesão à ordem por interferir na fiscalização e controle do comércio de vinhos em todo país. Para a Fazenda, a manutenção da decisão acarreta a inutilidade do mecanismo de controle por meio da selagem, uma vez que a ausência do selo não significa que a empresa não cumpra com suas obrigações, pois pode apenas ter sido beneficiada pelo mandado de segurança - provocando insegurança no mercado de consumo.

A Fazenda sustenta ainda que a decisão provoca grave efeito multiplicador, pois, ao suspender o uso do selo aos associados da Abba, incentiva as demais associações a apresentarem demandas idênticas, inviabilizando assim, a fiscalização.
No julgamento do pedido, Pargendler lembrou que o reconhecimento da grave lesão a interesse público não pode ser subjetivo. “Ou a alegação está confortada por ser um dado notório da realidade ou deve ter como suporte alguma prova pré-constituída”, ponderou o ministro. Para ele, não é o que ocorre no caso, uma vez que o pedido não evidencia sequer algum estudo feito pela Fazenda demonstrando que a falta de exigência do selo gere grande evasão de tributos na importação de vinhos.
A decisão é para os filiados à Abba, mas, por ser uma decisão do STJ, cria uma Jurisprudência federal que pode ser utilizada em outros processos.
Fonte: AASP - Associação dos Advogados de São Paulo

EnoAbraços



sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Uma tabela de safras é ferramenta essencial na hora de adquirir vinhos do Velho Mundo, especialmente nas regiões com climas irregulares ao longo dos anos e onde o viticultor está proibido de irrigar ou fazer quaisquer intervenções similares. 
Recentemente estive pesquisando sobre algumas safras antigas de Bordeaux e acabei descobrindo a mais completa de todas as tabelas de safras sobre a região: uma tabela que abrange 4 séculos de produção de vinhos em Bordeaux, trazendo informações iniciadas em 1798 (século 18) e que seguem até 2008 (século 21).
Esta tabela apresenta, além da qualidade da safra, a data em que ela foi iniciada, o padrão de rendimento médio nos vinhedos, além de comentários sobre as características gerais do vinho naquele ano.
Informação imperdível para todos os apreciadores dos vinhos de Bordeaux (e quem não é...)!
A tabela completa está disponível em: http://www.crusclasses.com, clicando no link Vintages.
Imperdível fonte de consulta sobre vinhos de Bordeaux!
EnoAbraços

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

VINHOS DE VERÃO!!!!
Dicas para quem quer combinar a bebida fresca com as altas temperaturas

O senso comum prega que tomar vinho só é bom no inverno. Por ser uma bebida conhecida como mais encorpada (especialmente os tintos mais envelhecidos), aqui no Brasil as pessoas não têm o hábito de beber vinho em temporadas mais quentes, quando quem reina absoluta é a cerveja pilsen. Mas a bebida encaixa-se perfeitamente no nosso verão, se for tomada de forma adequada e com variações mais leves e frescas. Separamos aqui algumas sugestões para quem não quer abrir mão de uma boa taça de vinho mesmo quando o calor não dá trégua!
- Para os que têm receio de errar, uma aposta certeira são os vinhos brancos, rosés e espumantes, conhecidos por ser uma opção mais frutada, refrescante e alegre. Também podem ser resfriados em temperaturas mais baixas que os tintos; que no calor costumam dar sensação de moleza e sono.
- Como a estação também pede pratos mais frescos e leves, a melhor harmonização da bebida é com saladas, peixes e frutos do mar.
- Para os mais entendidos, a dica é procurar vinhos que apresentam maior acidez e graduação alcoólica moderada. Entre os brancos, a sugestão fica para os vinhos das cepas sauvignon blanc e chardonnay sem madeira, assim como os espumantes leves da França e proseccos italianos. Os rosés podem ser servidos em temperaturas que variam entre 7° e 14°C, e têm a vantagem de serem mais frescos do que o tinto e mais aromáticos do que o branco, harmonizando com uma extensa gama de pratos, que abrange também carnes magras e massas com molhos menos pesados e gordurosos.
- Para quem não abre mão dos tintos nem no calor, a recomendação é escolher um vinho mais jovem de boa acidez, como um Pinot Noir, servido em uma temperatura entre 14° e 16°C.
- Os espumantes e os frisantes são diferentes devido ao tipo de uva utilizada e à concentração de gás carbônico natural, sendo que os champanhes (que têm esse nome devido à sua procedência, da região de Champagne, na França) são os mais famosos.
- Outra boa opção para tornar o vinho mais agradável é utilizá-lo no preparo de drinques. O mais conhecido certamente é a sangria, de origem espanhola. Geralmente preparada com vinho tinto ou branco, frutas e um pouco de açúcar, a bebida é bastante adequada ao verão tropical. A receita tradicional leva vinho seco, frutas como laranja, abacaxi, maçã e uva, um pouco de refrigerante de limão, gelo e açúcar a gosto. Mas variações são sempre bem-vindas, é só usar a criatividade.
Escolha o seu favorito e saúde!
EnoAbraços, beba com moderação!!!!!

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

MERCADO RECEBERÁ VINHO COM E SEM SELO

O selo de controle fiscal para vinhos vendidos em restaurantes e supermercados já é obrigatório no Brasil desde o dia 1º, mas dificilmente o consumidor verá todas as garrafas adaptadas à regra.
O motivo está nos movimentos de associações de importadores e comerciantes que recorrem à Justiça para derrubar o selo, determinado pela Receita Federal para aumentar o controle sobre o contrabando. A medida é tida como uma dificuldade adicional à importação.
Uma das beneficiadas com decisão judicial em primeira instância é a Abba (Associação Brasileira de Exportadores e Importadores de Alimentos e Bebidas), que conseguiu que suas 130 importadoras vendam vinho sem o selo.
A decisão também se aplica aos clientes dos sócios da entidade, como restaurantes e varejistas. Com isso, a mercadoria não é apreendida.
A grande questão sobre o selo é que o consumidor poderá ficar ainda mais confuso ao comprar a bebida.
Se um supermercado ou restaurante é cliente da importadora que conseguiu liminar e compra vinhos de outras empresas que não conseguiram decisão judicial, o estabelecimento terá garrafa com e sem o selo. Não será possível ter certeza sobre a procedência, diz o setor.
"O vinho já foi fiscalizado na importação; esse segundo controle ao qual se propõe o selo é desnecessário", diz Raquel Salgado, da Abba.
Na esteira da conquista da Abba, grupos como Abrabe (Associação Brasileira de Bebidas) e Abrasel-SP (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes) estudam recurso judicial para também pedir a eliminação do selo.
"Historicamente outros países que pediram o selo, como Argentina ou Chile, voltaram atrás porque perceberam que controlar venda ou contrabando com selo é argumento muito fraco", diz Ciro Lilla, da importadora Mistral e vice-presidente da Abrabe.
Segundo Rodrigo Lanari, da importadora Inovini, o impasse sobre o selo está trazendo insegurança ao setor, já que diversos varejistas frearam as compras de vinhos.
SOLUÇÃO PARCIAL
Associações do setor comemoram o documento emitido na última quinta pela Receita que regulamenta que todos os vinhos adquiridos antes de janeiro de 2011 poderão ser vendidos sem selo, acompanhados de decisão judicial ou documento fiscal.
Havia preocupação sobre os estoques antigos. A Abras (Associação Brasileira de Supermercados) conseguiu liminar para assegurar os estoques e a nova determinação estende a conquista para outras empresas.
"Estavam tratando os vinhos como mercadoria perecível, de alto giro, o que não é o caso de vinhos mais caros", diz Sussumu Honda, presidente da Abras.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

A bebida da ELEGÂNCIA!!
O vinho provoca reações orgânicas que podem ser benéficas para evitar o ganho de peso corpóreo.
Vinho é a bebida da elegância. Não só porque é a bebida geralmente servida em ocasiões especiais e que tenham algum glamour, mas também porque vários estudos encontram efeitos favoráveis ao emagrecimento.
Há várias décadas, cientistas acompanham toda a população da cidade de Copenhagen, na Dinamarca, com fins de entender melhor as doenças do coração, os seus fatores de risco, e sua fisiopatologia e as suas consequências. É um estudo observacional conhecido como estudo do Coração da Cidade de Copenhagen. Entre tantos dados, os pesquisadores colhem e analisam a circunferência abdominal. Isso porque se sabe que ela, quando é maior que 102 cm em homens e que 88 cm em mulheres, tem uma relação direta com doença e mortalidade cardiovascular, O Dr. Vadstrup entre outros colegas resolveram analisar em separado as pessoas que participantes deste estudo que tinham o hábito de tomar bebidas alcoólicas. Eles analisaram dados de um período  de 10 anos de 2913 homens e 3970 mulheres, com idades entre 20 a 83 anos. Os cientistas constataram que, tanto homens como mulheres, que bebiam regularmente cerveja e destilados aumentaram a circunferência abdominal neste período, enquanto os que bebiam vinho diminuíam essa medida. Esta não era uma pesquisa de visava avaliar os efeitos do vinho. Mas o seu achado surpreendente chamou atenção de todos. Surgiu então uma série de pesquisas para explicar este intrigante fato.
Atualmente existem vários estudos que mostram mecanismos responsáveis pelas ações favoráveis do vinho ao emagrecimento.
Hoje se sabe que a catequina (polifenol abundante nos vinhos) diminui a absorção de gorduras pelo organismo, conforme mostrou o Dr. Bravo em publicação em 1994. Isso é ótimo quando se quer emagrecer. O Dr. Gin e o Dr. Christansen, numa publicação de 1992, mostravam que o vinho aumenta a sensibilidade da célula à ação da insulina. A insulina é o hormônio produzido no pâncreas cuja principal função é levar o açúcar para dentro da célula para que possa ser transformado em energia. É isso que move todo o nosso complexo mecanismo biológico. Este efeito favorece a queima dos carboidratos dificultando o seu acúmulo, o que é extremamente favorável ao emagrecimento.
Numa publicação mais recente (2002), o Dr. Bhathena e o Dr. Velasquez mostram o mesmo que o Drs. Gin e Christansen de maneira mais clara e também que o vinho diminui a quantidade de Insulina circulante na corrente sanguínea. É bem sabido que a Insulina em grande quantidade no sangue desencadeia uma série de reações metabólicas que culminam sempre com o ganho de peso. Está ai mais um mecanismo pelo qual o néctar dos deuses favorece ao adelgaçamento.
O Dr. Yoshikawa numa publicação em 2002, conseguiram demonstrar que o vinho promove lipólise, queima de gorduras. Outra dádiva, para quem quer perder peso
Estudos realizados em 2005, pelo Dr.Arif, expressa o resultado dos múltiplos efeitos do vinho favoráveis ao emagrecimento. Demonstra eles, que as pessoas que bebem 1 a 2 taças de vinho diariamente têm 27% menos obesidade.
Não é por nada que o vinho faz parte do cardápio de várias clínicas de emagrecimento.
Associado a tudo isso está o fato de que as pessoas que bebem vinho regularmente comem melhor.
Tudo que se sabe, nos permite afirmar que o vinho seco bebido com moderação não engorda e é a bebida mais favorável quando se quer emagrecer. O vinho é verdadeiramente a bebida da elegância.
EnoAbraços