Quem sou eu

Minha foto
Rio de Janeiro, RJ, Brazil

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

MOSCATÉIS
Espumantes e docinhos
Simples e popular, o Moscatel Espumante, criação italiana, floresce no Brasil.
O Moscatel Espumante é um caso curioso no mercado brasileiro. Com o recente advento da cultura do vinho no país, o consumidor descobriu, de repente que o tinto doce, e também o Liebfraumilch branco docinho, não era legal, nem chique tomá-lo, ainda mais de garrafão. Muita gente, acostumada aos sabores adocicados pela cultura americana de refrigerantes não se aclimatou ao paladar do europeu dos vinhos secos. O Moscatel espumante é um oásis de doçura no mundo dos vinhos finos. E vende muito.
Este tipo de espumante foi desenvolvido na região da comuna de Asti no Piemonte italiano. Como bebida e como processo de elaboração é igualmente simples, embora exija tanques de fermentação e linhas de engarrafamento pressurizadas.
O chamado método Asti serve basicamente para a produção de espumantes doces, na quase totalidade feitos de uva Moscato Bianco, embora em outros países, como no Brasil, muitas outras versões da Moscatel sejam utilizadas, como a Itália e a Moscato Giallo, por exemplo.
Nesse sistema, diferentemente dos anteriores, não há a preparação de vinho-base para posterior espumatização. A tomada da espuma é feita através da mesma fermentação alcoólica.
Assim, recebidas as uvas com um bom com um bom potencial alcoólico e acidez equilibrada, colhidas adequadamente e desengaçadas, elas são postas a fermentar em tanques selados, conhecidos como autoclaves, capazes de reter a pressão, e as desejadas borbulhas do gás carbônico diluído no vinho.
Adicionadas as leveduras, a fermentação tumultuosa começa, sob temperatura controlada. Quando o vinho atinge entre 7% e 9,5% de álcool, a fermentação é interrompida, através de resfriamento do vaso. A queda de temperatura, além de interromper a ação das leveduras, promove a estabilização tartárica, evitando que os ácidos se precipitem sob forma de cristais mais tarde, quando o vinho for colocado na geladeira do consumidor. As leveduras mortas-borras, são retiradas por centrifugação e filtragem, até que o vinho esteja perfeitamente límpido, sem qualquer presença protéica.
O mosto de açúcar natural, ou adicionado pelo sistema chamado chaptalização – para tornar-se muito mais alcoólico, e a interrupção da fermentação faz com que o vinho resulte bem doce, com algo entre 60 e 100 gramas de açúcar residual por litro.
Leve fácil de beber e docinho, o espumante do tipo Asti, uma das especialidades da Serra Gaúcha, tem sido um dos maiores sucessos de venda no Brasil, sob o nome Moscatel Espumante, já que o nome Asti é exclusividade da cidade italiana e dos vinhos ali produzidos.
O piemontês Asti é pioneiro, ensinou ao mundo a vinificação de espumantes doces e frutados em uma só fase. Docinho, leve e perfumado, fácil de tomar, é um vinho para iniciantes na arte da degustação, mas tem suas melhores qualidades quando equilibra acidez e doçura em níveis superiores. Seus delicados aromas com notas florais de jasmim e de flor de laranjeira, mel, maça verde e pêssego branco são imcomparáveis.

Nenhum comentário:

Postar um comentário