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sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Segundo o estudo anual da New Zealand Winegrowers, o tempo das vacas gordas está a acabar.

Primeiro foi a Austrália, cujos produtores de vinho enfrentam, no geral, grandes dificuldades no escoamento dos seus vinhos e já se verificaram algumas falências de monta. Agora estão a chegar as primeiras nuvens negras à indústria do vinho neo-zelandesa, que tem gozado de fama e proveito nas últimas décadas, em especial pelos seus vinhos brancos e em particular pelos Sauvignon Blanc (e em menor medida pelos Pinot Noir). Segundo o último relatório anual da sua associação de produtores, um mercado global cada vez mais duro, preços cada vez mais baixos, juros cada vez mais altos e a crise financeira mundial são razões que se juntam a um excesso de produção na colheita de 2008. O resultado está à vista: apesar de terem crescido as exportações em 2010-2011 (11%, representando 221 milhões de litros), o valor subiu apenas 5%. Ou seja, os neozelandeses ainda conseguem exportar o seu vinho mas estão a baixar os preços. E as exportações a granel estão a crescer mais do que as de vinho engarrafado. Pior ainda, com as vindimas já terminadas, este ano vai haver outra produção em grande quantidade, o que pode agravar o cenário. Os produtores temem que prestígio e reputação dos vinhos neo-zelandeses venha a sofrer com a baixa de preços. Reconhecendo que o mercado está a mudar, esta associação de produtores já encomendou um relatório estratégico independente para avaliação do futuro do vinho neo-zelandês no mercado mundial.

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