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sábado, 16 de fevereiro de 2013

SUSTENTABILIDADE


Sustentabilidade...

Invasão da onde verde

Vinícolas Chilenas agregam valores sustentáveis e mostram que o desenvolvimento não é inimigo da natureza.

Reduzir, reutilizar e reciclar. Por meio de chamados 3R  princípios tão conhecidos no mundo sustentável quanto aos 10 mandamentos para os cristãos, o Chile e suas vinícolas agregam à fama de grande produtor do Mundo Novo um novo pilar tão importantes quanto a qualidade de seus vinhos: o cuidado com o meio ambiente.

Em um ranking elaborado pela empresa de consultoria Management & Excellence e 2006, o Chile já aparecia como o país mais sustentável e ético da América Latina, alcançando a melhor colocação em grande parte das categorias, que levaram em conta 50 indicadores. Em 2008, o Chile  começou a trabalhar no Plano Estratégico 2020, que tem  a ambiciosa meta de, até 2020, converter o pais no maior produtor do Novo Mundo agregando os valores sustentáveis na produção de Vinho.

Dennis Murray, gerente de relações públicas da Viña Montes, o Plano e todas as medidas que o permeiam, além de serem louvadas, também deverão incrementar a popularidade dos vinhos chilenos. À medida que as novas gerações se tornam mais conscientes com a necessidade de minimizar o uso de recursos e manter o que temos agora para o futuro, pedirão produtos que respeitem o meio ambiente. A certificação de Sustentabilidade vai abrir as portas para o consumidor que busca manter o nosso planeta limpo.

Nesta mesma direção está caminhando o Grupe Santa Rita. A gerente de assuntos corporativos e sustentabilidade de lá, Elena Carretero, classifica a sustentabilidade como a convergência do ambiental, social e econômico. Ela ajudará nossos vinhos, pois os requisitos meio-ambientais e sociais estão se tornando imposições de nossos mercados.

O PLANO

O Código de Sustentabilidade chileno estabelece padrões e normas sustentáveis a serem seguidos em toda a cadeia produtiva de vinho e fornece ferramentas para que as vinícolas meçam seu progresso na área. Por isso, foram criados três grandes grupos: Área Verde, que abrange os vinhedos, Área vermelha, que diz respeito às bodegas, e Área Laranja responsável pela comunidade. Em cada uma das esferas, as vinícolas se utilizam de ações sustentáveis para conseguir avançar no Plano. Diego Solari, subgerente de marketing da Errázuriz (uma das melhores, se não a for vinícola chilena atualmente, no meu conceito), explica que o código “permite quantificar e qualificar as práticas sustentáveis e, logo, identificar os reais potenciais que cada vinícola tem para desenvolver produções orgânicas, biodinâmicas, com eficiência energética etc.....

Para participar do código, há dois níveis a serem alcançados: o primeiro, em que as vinícolas entrem em contato com o Manual de Sustentabilidade e se familiarizem com o tema, e o segundo, que é a certificação propriamente dita, em que  traçam metas a implementar o Código de Sustentabilidade. Para que o avanço seja continuo, esse segundo nível foi dividido em três etapas, todas elas com exigências pré-determinadas de cumprimento das metas, que vão aumentando sua superfície de abrangência a cada três anos e tornando real o processo de melhoria.

PIONEIRA

Única vinícola chilena a receber o “Certificado de Sustentabilidade Wine of Chile” em 100% dos vinhedos, a Viña Ventiquero tem preocupações ambientais desde seu primeiro dia de existência. O processo de certificação começou em 2008, quando foram implementadas as primeiras as primeiras práticas sustentáveis dentro das diferentes fazendas de lá. Desde então, outro projetos foram postos em prática, tanto na esfera ambiental quanto na social.

O representante da vinícola no Brasil, Nicolas Torres, explica que um dos valores da Ventisquero é a produção responsável, tanto social quanto ambiental. “Conscientizar a equipe da relevância da responsabilidade ambiental foi muito importante. Um fato que ajudou muito é que a Ventisquero se caracteriza por ter uma equipe jovem e, portanto, já tem uma sensibilidade sobre a importância do assunto”.

A vinícola se destaca por seu grandioso plano de reciclagem, atualmente, reutiliza 80% dos resíduos sólidos, como plástico, papel e vidro, e os resíduos líquidos são utilizados para irrigar os vinhedos. Fora isso, 100% da água consumida é reutilizada na irrigação e suas garrafas já são feitas 12% mais leves, para diminuir o peso da carga nos transportes. “É preciso ter um compromisso real com o ecossistema. Querendo ou não, o vinho é uma expressão da natureza, portanto, se eu mantiver as condições ecológicas equilibradas, posse esperar também vinhos de maior identidade e expressão”.

 

CHILE SUSTENTÁVEL

Anakeda,  Arboleda, Caliterra, Casa Silva, Cremaschi Furlotti, Emiliana, Errázuriz, Montes, MonteGras, Santa Cruz, Santa Ema, Santa Rita, Via Wines, Vestisquero, entre outras (no total de 20), já foram condecoradas com o certificado em alguns de seus vinhos. Em Santa Rita, por exemplo, os resultados dos projetos energéticos estão se mostrando bastante satisfatórios. Os sistemas de uso eficiente de energia, usados tanto na produção do vinho quanto na sustentação da vinícola, conseguimos chegar ao montante de 80% de economia energética.

Outra vinícola que tem um plano de desenvolvimento já bem avançado é a Errázuriz/Caliterra, cujo sistema  de controle de  pragas sem pesticidas químicos é um dos mais elogiados. No lugar deles são usados “inimigos naturais”, insetos ou animais que se alimentam dos agentes causadores de pestes e pragas, e especialmente para controlar o ácaro Brevipalpus Chilensis, um dos mais nocivos encontrados. Além disso, a Errázuriz emprega inseticidas biológicos e fertilizantes naturais. Na Caliterra, uma ideia muito interessante para conservar a biodiversidade dos vinhedos foi a plantação de corredores biológicos com espécies de plantas exóticas, que cumprem a função de reservatório de inimigos naturais em uma área de produção orgânica de 55 hectares.

Na Viña Emiliana, o trabalho é completo. Há galinheiros móveis com as galinhas araucanas, que têm a mesma função de “inimigo natural” de insetos que prejudicam o crescimento das videiras; viveiro e bosque de plantas nativas; calendário biodinâmico, que programa os trabalhos agrícolas de acordo com os ciclos do planeta; uso eficiente de energia, especialmente por meio de painéis solares e de uso de biocombustíveis; sistema de reciclagem e tratamento biológico de resíduos.

Além das prátics difundidas no mundo todo, como reciclagem, economia de água e energia e uso de produtos naturais nos ciclos de crescimentos das videiras, o Chile incorporou alguns avanços da indústria vitivinícola, como a obtenção de energia por meio de biomassa. Os resíduos do processo de vinificação, que geralmente são descartados, servem como matéria orgânica que nutre pequenos módulos capazes de gerar energia necessária.

TRABALHO DE ANOS

Na Santa Rita, desde 2006, já foram gastos mais de US$ 6 milhões em planejamento e desenvolvimento de projetos que incorporam práticas verdes. As iniciativas abrangeram todos os campos da vinícola, desde  pesquisas genéticas para evitar a propramação de vírus e pragas, e assim diminuir o uso de pesticidas , até a criação de novas tecnologias para manter a temperatura ideal nas salas de barricas e adegas. Um exemplo é o sistema de ventilação forçada que, durante a noite, temperaturas estão mais baixas, injeta o ar frio de fora para dentro, para que durante o dia o ar quente perca a força. O sistema permitiu que o consumo energético fosse muito mais baixo, perto de zero.

Por falar nisso, o planejamento de programas e ações ambientais no desenvolvimento sustentável é muito importante. Para que os resultados obtidos realmente tenham impacto, é preciso muito trabalho. A Viña Montes tem preocupações ambientais tais como a reciclagem, controle de consumo de água e eletricidade, entre outros, e, mesmo assim, demorou três anos para conseguir  planejar e colher frutos do trabalho. “Tudo isso levou a ser uma das primeiras vinícolas do Chile a obter a certificação GRI (Global Report Initiative), que busca  medir e diminuir, dentro do possível, a quantidade de recursos usados ano a ano”.

Na Nativa Eco Wines, única vinícola chilena 100% orgânica, o enólogo Felipe Ramirez diz que a conversão para uma vinícola sustentável foi, mais que uma decisão, um processo, que é algo que não termina nunca. “Cada dia surgem novas abordagens e desafios a serem superados. Atualmente, os desafios ficam por conta das soluções para a produção de uvas orgânicas e de revisão constante dos projetos, para que nenhum deles fique defasado. Não se trata mais só de produzir orgânico, mas também de o que  fazer com os descartes biológicos, como trabalhar os encontros, assumir responsabilidade social.

RESULTADOS

Os resultados do desenvolvimento sustentável são impressionantes. Dando o exemplo da Viña Santa Rita, de acordo com o reportes da própria vinícola, ao diminuir o peso de sua s garrafas da linha Reserva em cerca de 24%, são economizados mais de 1.400 toneladas de vidro por ano, isso sem contar a influência na redução da pegada de carbono produzida no transporte para outros mercados.

Na Viña Montes, a mudança de garrafas tradicionais para as Ecoglass, que são 15% mais leves, eliminou a emissão de 44 toneladas de CO2. “Isso gerou um beneficio equivalente a plantar 500 coigües (uma das mais importantes árvores nativas do Chile). Em 2010, a redução toral de CO2 foi de 188 toneladas, equivalentes a 2.100 destas árvores”.

Se antes os preocupados com o meio ambiente eram tidos como “ecochatos” e não eram levados a sério, hoje em dia  o assunto é pauta constante e preocupação geral, não apenas pelo “mundo” que vamos deixar nossos filhos e netos”, mas também pelo de vida à natureza e pela qualidade e estilo de vida que queremos ter. A sustentabilidade não é um favor que fazemos ao meio ambiente, e sim a nós mesmos.

Beba com moderação, se beber não dirija!!!!!!!!!!!!

Enoabraços.

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

FINALMENTE CLASSIFICAÇÃO DE SAINT-EMILION

Saiu a lista oficial  com a nova classificação de Saint-Emilion.  
Os châteaus Angélus e Pavie foram promovidos para Grand Cru Classé A, sendo equiparados ao Cheval Blanc e ao Ausone, até então os únicos a ostentar tal honraria.

No total, 96 vinícolas pediram revisões das respectivas classificações. Destas, 13 ou foram rebaixadas ou tiveram o pedido de promoção indeferido.


Entre os châteaus que conseguiram melhorar a classificação, além do Pavie e do Ausone, estão o Pressac, Canon La Gaffelière, La Mondotte, La Fleur Morange, Fombrauge, de Ferrand, Faugeres e Peby-Faugeres, todos promovidos de Grand Cru para Grand Cru Classé. Já o Château Valandraud foi promovido de Grand Cru Classé para Grand Cru Classé B.


Abaixo, confira a nova classificação:

- Premier Grand Cru Classé A

Château ANGÉLUS (promu)
Château AUSONE (maintenu)
Château CHEVAL BLANC (maintenu)
Château PAVIE (promu)

- Premier Grand Cru Classé B

Château BEAU-SÉJOUR BÉCOT (maintenu)
Château BEAUSÉJOUR (DUFFAU-LAGARROSSE) (maintenu)
Château BELAIR-MONANGE (maintenu)
Château CANON (maintenu)
Château CANON-LA-GAFFELIÈRE (promu)
Château FIGEAC (maintenu)
Château LA GAFFELIÈRE  (maintenu)
Château LA MONDOTTE (promu)
Château LARCIS-DUCASSE (promu)
Château PAVIE-MACQUIN (maintenu)
Château TROPLONG-MONDOT (maintenu)
Château TROTTEVIELLE (maintenu)
Château VALANDRAUD (promu)
Clos FOURTET (maintenu)

> Château MAGDELAINE sort du classement car il fusionne avec BELAIR-MONANGE.
> Château MATRAS sort du classement après son rachat par Château CANON.


- Grand cru classé

Château LA DOMINIQUE (maintenu)
Château JEAN FAURE (promu)
Château FLEUR-CARDINALE (maintenu)
Château MONBOUSQUET (maintenu)
Château PAVIE-DECESSE (maintenu)
Château LES GRANDES MURAILLES (maintenu)
Clos SAINT-MARTIN (maintenu)
Château BERLIQUET (maintenu)
Château QUINAULT L'ENCLOS (promu)
Château ROCHEBELLE (promu)
Château CÔTE DE BALEAU (promu)
Château LANIOTE (maintenu)
Château LA CLOTTE (maintenu)
Château CORBIN (maintenu)
Château GRAND-MAYNE (maintenu)
Château LE PRIEURÉ  (maintenu)
Château DE FERRAND (promu)
Château FAUGÈRES (promu)
Château PEBY-FAUGÈRES (promu)
Château de PRESSAC (promu)
Château CADET-PIOLA (maintenu)
Château HAUT-SARPE (maintenu)
Château LARMANDE (maintenu)
Château SOUTARD (maintenu)
Château DESTIEUX (maintenu)
Château FOMBRAUGE (promu)
Château LAROQUE (maintenu)
Château BALESTARD-LA-TONNELLE (maintenu)
Château CAP DE MOURLIN (maintenu)
Château BELLEFONT-BELCIER (maintenu)
Château FAURIE DE SOUCHARD (maintenu)
Château GRAND-PONTET (maintenu)
Clos de L'ORATOIRE (maintenu)
Château CHAUVIN (maintenu)
Château DASSAULT (maintenu)
Château CLOS DES JACOBINS (maintenu)
Château FONPLÉGADE (maintenu)
Château GRAND CORBIN-DESPAGNE (maintenu)
Château PETIT-FAURIE-DE-SOUTARD (maintenu)
Château FONROQUE (maintenu)
Château MOULIN DU CADET (maintenu)
Château VILLEMAURINE (maintenu)
Château LA TOUR-FIGEAC (maintenu)
Château FRANC-MAYNE (maintenu)
Château GRAND CORBIN (maintenu)
Château HAUT-SARPE (maintenu)
Château L'ARROSEE (maintenu)
Château LA COUSPAUDE (maintenu)
Château La SERRE (maintenu)
Château LAROZE (maintenu)
Château RIPEAU (maintenu)
Château SAINT-GEORGES-CÔTE-PAVIE (maintenu)
Château COUVENT DES JACOBINS (maintenu)
Château BARDE-HAUT (promu)
Château BELLEVUE (maintenu)
Château CADET-BON (maintenu)
Château LE CHÂTELET (promu)
Château LA COMMANDERIE (promu)
Château FAURIE DE SOUCHARD (maintenu)
Château DE FERRAND (promu)
Château GUADET (maintenu)
Clos LA MADELEINE (promu)
Château LA MARZELLE (maintenu)
Château DE PRESSAC (promu)
Château ROCHEBELLE (promu)
Château YON-FIGEAC (maintenu)


Enoabraços